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terça-feira, 4 de março de 2014

SENTIMENTOS


O ser humano… O ser humano é uma imperscrutável amálgama de sentimentos.
O ser humano experimenta um sem-fim de sensações dentro de si…
Vindas do coração, da cabeça e envolvendo todo o corpo,… deram-lhe o nome de… sentimentos!...
 Todo o homem sente. Todo o homem é feliz, incerto, triste, amoroso, ansioso, envergonhado, livre, ciumento, carinhoso, amigo... Todo o homem é!
Todo o homem sente dor, medo, ódio e saudade…
Sem querer ou querendo, sentimos. Sentimos o que não queremos, mas também aquilo que queremos e que por vezes nos deixa tão felizes!... Sentimos!
Mas saberemos nós o que cada sentimento é na realidade?
Pois bem, eu não sinto que o saiba, eu não sinto que dê o devido valor a todos os sentimentos. Não sinto, pronto! E apesar de querer dar valor a todos os sentimentos, não dou! E erro! Erro por não dar, erro por achar que há sentimentos mais importantes que outros e na realidade não há. Todos são importantes, todos eles criam a obra-prima que cada um de nós é.
Os sentimentos… Ai os sentimentos!...
             O que é a felicidade afinal? O que é? A felicidade é… a vontade incontrolável de rir e fazer os outros felizes. A felicidade é a beleza das pequenas coisas e das grandes também… a felicidade faz-nos saltar de alegria e acreditar num mundo melhor. Todo o homem é feliz, nem que seja apenas por um segundo na vida.
   A incerteza? Ó a incerteza!... Quem nunca?!... É esta a pergunta… Quem nunca a sentiu? A incerteza é a dúvida que nos atormenta e nos deixa loucos, mas que acabamos por resolver seguindo o coração.
            A tristeza? A tristeza é o lado negro do nosso coração. A tristeza faz-nos chorar, faz-nos desesperar, faz-nos querer que o nosso mundo acabe, deixa-nos sem forças e calados. Deixa-nos sem motivos para viver, mas traz-nos novos motivos para renascer.
A Ansiedade? A ansiedade é o desfalecimento do coração, a esperança de que tudo aconteça. A ansiedade parece que para o nosso coração e enquanto não acontece o que tanto queremos, é como se não vivêssemos.
A vergonha? A vergonha é o corar das bochechas e a fuga das palavras quando algo nos deixa sem saber o que fazer.
A liberdade? A liberdade é… “não ter asas e poder voar”; é sentir que podemos fazer o que queremos, pensando nos outros, sem que ninguém nos impeça ou julgue. A liberdade é podermos ser nós e fazermos o que nos traz felicidade.
O ciúme? O ciúme é um sentimento engraçado e normal… uma espécie de necessidade de querer as pessoas que amamos todas para nós, talvez pelo medo de as perder para outrem.
 O carinho? O carinho é um gesto sentido. Pode ser físico, como um abraço, um beijo, um toque ou não, uma simples palavra, um olhar, um sorriso…
            A amizade? A amizade é o bem mais precioso do universo. É… um amor em constante construção. É a entreajuda, a partilha, a verdade, a confiança, a presença nos bons e nos maus momentos, a compreensão. É o fazer sorrir aqueles de quem gostamos e partilhar todos os nossos momentos com esses anjos a que demos o nome de amigos. A amizade é… querer ter uma pessoa na nossa vida eternamente.
 A dor? A dor é a tristeza carregada de violência que nos deixa arrasados e sem luz para brilhar.
            O medo? O medo é o coração em sobressalto, o corpo sem defesas e com movimentos estranhos. O medo é… um conjunto de reações devido a um receio de algo que nos persegue e nos impede de pensar.
O ódio? O ódio é um sentimento intenso de raiva, aversão, rancor, repulsa. O ódio é um sentimento tão forte que se apodera de nós mesmo que não queiramos. É um sentimento mau, mas que também ocorre…
A saudade? A saudade é um amor que fica. É um sentir falta de alguém que amamos e não está ao nosso lado, é um querer tanto alguém que não podemos alcançar, é um buraco “cravado” no peito que nos faz chorar e gritar, uma dor aconchegada no coração, uma dor que persiste a todo o tempo, que por vezes flui na cabeça e escorre pelos olhos, que não nos larga um único momento, que nos acompanha de noite e nos persegue de dia, que nos traz recordações tão boas que nos fazem sorrir, que nos traz recordações tão más que nos fazem refletir.
 O amor? O amor é a magia a voar dentro do nosso corpo, é o coração a ser invadido por “objetos” estranhos que insistem em saltitar sempre que estamos com a pessoa dos nossos sonhos. O Amor é o choque de dois olhares que se completam, é a colisão de dois lábios apaixonados, é o juntar de dois corpos que se desejam. O amor é muito mais do que um simples “AMO-TE”. O amor é a verdadeira razão de dois sorrisos verdadeiros se unirem como um só.
O Amor é algo eterno e que todos nós, mesmo fugindo e escondendo, sentimos.
Esta é a verdadeira essência do ser humano… sentir…
Sentir a toda a hora, a todo o momento, desde o seu nascimento.
            O homem é e sempre será um ser sentimental.



                

terça-feira, 25 de junho de 2013

Pobreza

Hoje estou com o coração em pedaços pois comecei o dia a pensar na dura realidade do mundo atual. A dura realidade que sempre me atormentou ao olhar.
A pobreza.
Esta palavra magoa e faz-me derramar rios de lágrima. É cruel ver uma pessoa pedindo, desfalecendo de fome e de sede. É cruel ver uma pessoa sem dinheiro para se tratar e com aspeto lastimável passando ao nosso lado e sendo desprezado, ridicularizado, marginalizado e tratado como lixo. É cruel ver uma mãe gritando ao ver o seu filho morrer à fome nos seus braços. É cruel ver imagens e filmes ou simplesmente observar os becos mais escondidos das cidades e ver os sem-abrigo, morrendo doentes ou dormindo à chuva. É cruel ver as reportagens dos países mais pobres onde a todos os minutos morre uma pessoa à fome, à sede, ou doente porque nem condições lhe dão para estar minimamente estável e sobreviver.
E os "grandes" lá estão, a usufruir do que deveria ser destes lutadores da vida (os pobres) mas os grandes ficam indiferentes à morte e decadência deste povo lutador, que chora e grita com dores ou simplesmente se conforma com a sua morte porque já nem forças para reclamar a injustiça em que vive tem.
Dói-me o coração sempre que vejo a pobreza a passar pelos meus olhos e dói-me ser incapaz de mudar o mundo sozinha.



quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Com todo o meu coração

É como se o teu beijo fosse água e secasse, é como se o teu sorriso fosse música e parasse, é como se o teu toque fosse vento e voasse, é como se o teu olhar fosse céu, em tempo de inverno e chove-se.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Um adeus


Eu poderia vir representar uma daquelas histórias banais que todos vemos nos filmes mas não o vou fazer. Vou contar uma história triste.
  Tudo começou durante as férias de verão, uma família aparentemente normal decidiu ir passar as suas férias ao campo, longe da vida agitada da cidade.
  As crianças estavam muito empolgadas pois nunca tinham ido ao campo e foram o caminho todo a tentar convencer o avô a contar-lhes como era o campo. Mas o avô, não lhes contava, tudo era uma surpresa.
  Quando chegaram ao campo, a Beatriz saiu do carro apressadamente e ficou boquiaberta perante tanta beleza natural, ficou fascinada pelas flores, pelo canto dos pássaros, pelo riacho que passava junto aos seus pés, pelo silêncio ali existente, pelas árvores, por tudo...
  Já o Tiago parecia não estar a gostar do que estava a ver, para além de ser mais velho, já sentia saudades dos seus amigos. As horas passavam e aquela paz já o estava a irritar, começou a sentir-se triste.
 O pai para o animar e fazer com que gostasse das férias de família decidiu levá-lo a uma praia que era relativamente perto.
  " Programa de Homens " - disse o pai. O Tiago percebeu logo que a sua irmã e a sua mãe não iam. Ia apenas ele, o avô e o pai. Agradou-lhe a ideia, pois tinha saudades de estar assim sozinho com o pai e com o avô e para além disso, para o Tiago, era sempre bom estar no grupo dos mais velhos, dos adultos.
  A Beatriz e a Mãe ficaram a preparar almoço. O almoço foi excelente, houve muito amor, união, risos e animação.
 O avô contou as suas histórias de quando era criança e desta vez, até o Tiago estava a gostar e a rir com as partidas que o avô fazia.
 O avô, já era muito velho, em tempos tinha sido um grande poeta e ainda hoje muita gente lhe tinha muito respeito.
 No dia seguinte, a família decidiu ir a casa para ir buscar roupa mas o avô não se estava a sentir nada bem e pediu para ficar pelo campo.
 A família acabou por concordar após muitas hesitações e aproveitaram para passar na loja favorita do avô para lhe comprar um presente. Mas mal sabiam que jamais este presente seria entregue.
 Quando a família chegou ao campo e entraram na casa viram o avô estendido no chão, mesmo ao pé da porta e todos começaram a chorar e a tentar ver se ainda respirava... Não respirava.
 A morte repentina do avô tinha deixado todos abalados e com muito ódio, ódio da vida, que lhes roubara um dos seus bens mais essenciais.
 Dias depois, no funeral do avô, a Beatriz fechou os olhos e quando atirou as flores para a campa, sentiu um arrepio e o perfume das flores tinha o mesmo cheiro do que o campo onde tinha estado com o seu avô.
  E a partir deste dia, esta família começou a dar mais valor á vida, às coisas pequenas da vida, como uma flor e às coisas grandes da vida, como amar.